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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Efeito estufa e o Aquecimento global...

O Efeito Estufa e o Aquecimento Global



        O aquecimento global é o aumento da temperatura terrestre (não só numa zona específica, mas em todo o planeta) e tem preocupado a comunidade científica cada vez mais. Acredita-se que seja devido ao uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial, que levam à acumulação na atmosfera de gases propícios ao Efeito Estufa, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.

        Há muitas décadas que se sabe da capacidade que o Dióxido de Carbono tem para reter a radiação infravermelha do Sol na atmosfera, estabilizando assim a temperatura terrestre por meio do Efeito Estufa, mas, ao que parece, isto em nada preocupou a humanidade que continuou a produzir enormes quantidades deste e de outros gases de Efeito Estufa.

         A grande preocupação é se os elevados índices de Dióxido de Carbono que se têm medido desde o século passado, e tendem a aumentar, podem vir a provocar um aumento na temperatura terrestre suficiente para trazer graves conseqüências à escala global, pondo em risco a sobrevivência dos seus habitantes.

        Na realidade, desde 1850 temos assistido a um aumento gradual da temperatura global, algo que pode também ser causado pela flutuação natural desta grandeza. Tais flutuações têm ocorrido naturalmente durante várias dezenas de milhões de anos ou, por vezes, mais bruscamente, em décadas. Estes fenômenos naturais bastante complexos e imprevisíveis podem ser a explicação para as alterações climáticas que a Terra tem sofrido, mas também é possível e mais provável que estas mudanças estejam sendo provocadas pelo aumento do Efeito Estufa, devido basicamente à atividade humana.

         Para que se pudesse compreender plenamente a causa deste aumento da temperatura média do planeta, foi necessário fazer estudos exaustivos da variabilidade natural do clima. Mudanças, como as estações do ano, às quais estamos perfeitamente habituados, não são motivos de preocupação.

         Na realidade, as oscilações anuais da temperatura que se têm verificado neste século estão bastante próximo das verificadas no século passado e, tendo os séculos XVI e XVII sido frios (numa escala de tempo bem mais curta do que engloba idades do gelo), o clima pode estar ainda a se recuperar dessa variação. Desta forma os cientistas não podem afirmar que o aumento de temperatura global esteja de alguma forma relacionado com um aumento do Efeito Estufa, mas, no caso dos seus modelos para o próximo século estarem corretos, os motivos para preocupação serão muitos.

        Segundo as medições da temperatura para épocas anteriores a 1860, desde quando se tem feito o registro das temperaturas em várias áreas de globo, as medidas puderam ser feitas a partir dos anéis de árvores, de sedimentos em lagos e nos gelos, o aumento de 2 a 6 ºC que se prevê para os próximos 100 anos seria maior do que qualquer aumento de temperatura alguma vez registrado desde o aparecimento da civilização humana na Terra. Desta forma torna-se assim quase certo que o aumento da temperatura que estamos enfrentando é causado pelo Homem e não se trata de um fenômeno natural.

         No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de Efeito Estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, e cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente assistir às maiores catástrofes naturais (agora causadas indiretamente pelo Homem) alguma vez registradas no planeta.

         A criação de legislação mais apropriada sobre a emissão dos gases poluentes é de certa forma complicada por também existirem fontes de Dióxido de Carbono naturais (o qual manteve a temperatura terrestre estável desde idades pré-históricas), o que torna também o estudo deste fenômeno ainda mais complexo.

         Há ainda a impossibilidade de comparar diretamente este aquecimento global com as mudanças de clima passadas devido à velocidade com que tudo está acontecendo. As analogias mais próximas que se podem estabelecer são com mudanças provocadas por alterações abruptas na circulação oceânica ou com o drástico arrefecimento global que levou à extinção dos dinossauros. O que existe em comum entre todas estas mudanças de clima são extinções em massa, por todo o planeta tanto no nível da fauna como da flora. Esta analogia vem reforçar os modelos estabelecidos, nos quais prevêem que tanto os ecossistemas naturais como as comunidades humanas mais dependentes do clima venham a ser fortemente pressionados e postos em perigo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Efeito estufa (Aquecimento Global )

O que é o Efeito Estufa?

Efeito estufa é o aquecimento gradual do planeta provocado pelo acúmulo de certos gases na atmosfera, principalmente dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). Os gases à base de carbono são conhecidos como gases estufa.
O efeito estufa tem um lado bom. A camada de gases em torno da Terra serve para manter a temperatura do planeta nos limites adequados para a vida. Sem essa "manta" que retém o calor, a atmosfera seria cerca de 18 graus Celcius mais fria.
O aspecto negativo do efeito estufa está relacionado à ação do homem. A atmosfera da Terra formou-se lentamente, em bilhões de ano. De repente, em poucas décadas, a grande produção de gases estufa pelo homem ameaça alterar seu equilíbrio, tornando-a cada vez mais espessa, o que resultaria na retenção de mais calor sobre a superfície da Terra.
Não há dúvida sobre o papel dos gases no aquecimento global. Mas ainda há discussões sobre o verdadeiro papel do dióxido de carbono emitido por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão) e a fumaça das queimadas.
Poluição: Principal causa do efeito estufa e do aquecimento global.
Foi provado o aumento da temperatura média do planeta nos últimos anos. Também já foi mostrado o aumento da emissão de gases estufa por atividades humanas. Mas não se estabeleceu ainda um clara relação de causa e efeito entre esses dois fatos. O aumento da temperatura poderia ser uma oscilação natural do planeta.
Estuda-se também o papel dos oceanos. Eles cobrem três quartos da superfície do planeta. Grande parte do carbono é produzido nos oceanos através do fitoplâncton, minúsculos organismos vegetais. Qual a verdadeira capacidade de o mar servir de "depósito " de carbono? É mais um tema em discussão.
Mesmo com tantas incertezas, é melhor tomar medidas de redução dos gases estufa antes que seja tarde.



Testo Original 

Cesio 137

O acidente radioativo aconteceu em 13 de Setembro de 1987 em Goiania, estado de Goiás. A contaminação ocorreu após um aparelho radioativo abandonado ser encontrado e desmontado. O caso marcou nossa história por ser o mais chocante acidente radioativo no Brasil. Confira nesta reportagem especial todos os detalhes desta terrível história da luta contra a morte.

O Instituto Goiano de Radioterapia - localizado na Avenida Paranaíba, centro de Goiania - foi transferido para um novo endereço em 1985. Desde então, tudo o que estava no prédio permaneceu lá, se deteriorando, dentre eles, um aparelho de radioterapia.

Em 1987, dois homens vasculharam o interior do edifício onde funcionava o IGR e encontraram o tal aparelho. Resolveram então tentar desmontar e retirar uma peça que pesava em torno de 200 kg. Na hora do desmonte, perceberam que de dentro do tal cilindro, saíra uma pequena quantidade de uma substancia muito parecida com o sal de cozinha. Não deram muita atenção e venderam a peça para Devair Ferreira, dono de um ferro velho localizado na Rua 26-A.


No ferro velho de Devair, o cilindro que na verdade era uma cápsula de Césio 137, foi desmontada por inteiro para o aproveitamento do chumbo. Nesse instante, cerca de 19,26g do material foram expostas ao ar livre.

À noite, andando pelo interior de seu estabelecimento, Devair percebeu uma luz azul muito forte vindo da estante onde a cápsula fora deixada. Ele foi até lá e ficou impressionado com o que viu. Aquele pó brilhante encantou Devair, que de tão espantado e alegre ao mesmo tempo resolveu mostrar para sua esposa, Maria Gabriela, a sua mais nova descoberta.

O material ficou guardado agora na casa de Devair, mal sabia ele que a morte estava bem ali ao lado dele. Maria Gabriela mostra o pó para sua amiga Santana e para seus familiares, e assim todos foram contaminados. O irmão de Devair, Ivo Ferreira leva uma pequena quantidade do material para casa e dá para sua filha Leide das Neves Ferreira, de 6 anos, que acaba ingerindo parte do pó com pão.

Outro irmão de Devair, Odesson Alves Ferreira tem contato com o césio. Ele é motorista de ônibus e transportava na época cerca de 1000 pessoas por dia.

Após alguns dias, toda a familia de Devair começa a ficar doente. Maria Gabriela desconfia que tudo isso esteja acontecendo por culpa daquele estranho aparelho. Ela junto com um dos funcionários do ferro velho levam a peça até a Vigilância Sanitária. Lá, o aparelho é guardado em local inapropriado, sobre uma cadeira. Os funcionários curiosos resolvem mexer no aparelho, assim entrando para o grupo dos infectados pelo Césio 137. Médicos do Hospital de Doenças Tropicais também desconfiam do aparelho e resolvem chamar um físico para investigar o caso.

O físico consegue com sucesso impedir que o aparelho seja jogado em um rio próximo ao prédio da Vigilância Sanitária. Ele deu o alerta e técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear chegam à cidade. A rua 57 é interditada.

Nos dias seguintes centenas de pessoas são levadas até o Estádio Olímpico da cidade para uma triagem. De um grupo de 249 pessoas, 120 foram descontaminadas com sucesso e 129 continuaram monitoradas. Deste grupo, 79 tinham contaminação externa e 14 estavam em um estado bem mais critico, dentre eles estavam Maria Gabriela e a garota Leide. Foram transferidos para um hospital especializado localizado no Rio de Janeiro.

Durante a descontaminação da área, mais um erro cometido: Policiais, bombeiros e agentes são enviados sem nenhuma proteção e sem saber do que estava acontecendo. A única informação que tinham era que se tratava de um vazamento de gás. Muitos deles foram contaminados e até hoje sofrem com doenças decorrentes do contato com o material.

Pertences de moradores como roupas, jóias, brinquedos, estofados e até animais, foram recolhidos e destruídos e armazenados em um terreno a céu aberto. Algum tempo depois, foram aterrados na cidade de Abadia de Goiás.

Dia 23 de outubro: Leide das Neves não resiste e acaba falecendo em decorrência da contaminação. No mesmo dia, sua tia Maria Gabriela também morre. Durante o enterro, cerca de 2000 moradores tentaram impedir o enterro já que temiam que o solo fosse contaminado pela radiação presente no corpo das vítimas. Tia e sobrinha acabaram enterradas em caixões de chumbo com 700 kg cada um.

No dia 28, morrem as outras duas vítimas fatais do césio. Israel Batista, de 22 anos, e Adimilson Alves, de 17 anos, ambos funcionários do ferro velho de Devair, que após o acidente se tornou alcoólatra e acabou falecendo 7 anos depois.

Números:
4 mortos inicialmente
60 mortos posteriormente
628 pessoas contaminadas reconhecidas pelo Ministério Público, entre elas bombeiros, policiais, moradores e agentes sanitários.

Vale lembrar que apesar de hoje sofrerem com diversas doenças e até mesmo, em alguns casos, com câncer, essas pessoas sofrem muito mais com o preconceito de quais são vítimas. Desde 1987, elas não oferecem mais nenhum risco a sociedade, portanto merecem ser tratadas normalmente. Não há o que temer.








Testo Original: http://reportermillenium.blogspot.com/2010/04/brilho-da-morte-cesio-137-e-suas.html

Física no meio ambiente

 

[] Física do Meio Ambiente: entendendo o funcionamento do planeta Terra [P. Artaxo]
Física do Meio Ambiente

O entendimento dos processos físicos que regulam o funcionamento do nosso planeta é um dos tópicos mais importantes em física hoje. Trabalhando desde os aspectos climáticos mais complexos até o funcionamento da fotossíntese em nível celular, esta área envolve interfaces entre a física, química, biologia e a maioria das ciências naturais. Vários dos aspectos que são trabalhados nesta área situam-se hoje em importantes áreas de fronteira do conhecimento. Sendo uma área intrinsecamente interdisciplinar, as aplicações da física a estudos ambientais constituem uma área em franca expansão, com profissionais sendo requisitados pelo mercado de trabalho, inclusive para trabalhos em indústrias que se preocupam em aprimorar seus processos minimizando os danos ambientais. Novos cursos universitários que formam profissionais em áreas interdisciplinares requerem docentes com formação ampla e importante capacidade de adaptação a situações de pesquisas interdisciplinares.
Entre as áreas de pesquisa em física do meio ambiente destacam-se o entendimento dos processos físicos envolvidos na complexa questão das mudanças climáticas globais, os mecanismos que causam episódios de poluição do ar urbana, a microfísica de nuvens, o modelamento do transporte atmosférico a longa distância e muitas outras questões críticas.