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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Energia e a economia do País (Brasil)

ENERGIA E ECONOMIA NO BRASIL 1970-2000

João Antonio Moreira Patusco:
joao.patusco@mme.gov.br
ANÁLISE SETORIAL DO CONSUMO DE ENERGIA, VALOR AGREGADO (VA) E PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB)  - período de 1970 a 2000.

Notas metodológicas:

a)     Para energia foram tomados os dados do Balanço Energético Nacional, de consumo final de energia, excluídos o setor residencial e os usos não energéticos e considerando o Poder Calorífico Inferior e, para a eletricidade, 1kWh=860 kcal. O consumo de energia de não-metálicos corresponde a cimento e cerâmica. O consumo de energia de outros serviços corresponde a comércio e público. O consumo de energia do setor metalúrgico corresponde a ferro gusa e aço, ferroligas e outros da metalurgia. O grupo “outras indústrias” agrega construção civil e os demais ramos industriais não analisados em separado.
b)     Para PIB e VA foram considerados os dados do IBGE, com os seguintes ajustes: (i) nova metodologia de cálculo do PIB de 1990 a 2000 e normalização do período de 1970 a 1989, tomando os índices de produto real em relação a 1980 e, (ii) O VA do setor energético combina frações de extração mineral, de serviços de utilidade pública e de refino de petróleo e fabricação de coque.
Análises:
            A tabela a seguir apresenta dados de empregos (Balanços Financeiros, da Gazeta Mercantil), de participação do Valor Agregado (VA) de cada setor econômico no PIB, de participação do consumo de energia de cada setor no consumo total e a intensidade energética, medida pela relação entre o consumo de energia e o PIB e VA.
INDICADORES DE ENERGIA E ECONOMIA
EMPREGOS
% VA
% tep
INT.ENERG.
DISCRIMINAÇÃO
POR
SOBRE
SOBRE
tep/
MILHÃO
PIB
C.FINAL
mil U$
ATIVO
2000
2000
2000
TOTAL
100,0
100,0
0,231
SERVIÇOS
55,8
40,7
0,168
  OUTROS SERVIÇOS
20
52,4
6,0
0,026
  TRANSPORTE
5
3,4
34,8
2,348
AGROPECUÁRIO
23
8,2
5,3
0,151
INDUSTRIAL
31,3
44,6
0,329
MINERAÇÃO
4
0,5
1,7
0,746
TRANSFORMAÇÃO
30,8
42,9
0,32
NÃO METÁLICOS
5
1,0
4,7
1,084
 METALURGIA
1,5
2,7
15,2
1,318
 QUÍMICA
2,5
3,7
4,7
0,294
 ALIMENTOS E BEBIDAS
8
3,6
9,1
0,576
 TÊXTIL
13
0,5
0,8
0,351
 PAPEL E CELULOSE
3,8
1,0
4,5
1,030
OUTRAS INDÚSTRIAS      
20
18,2
3,9
0,049
ENERGÉTICO
1
4,8
9,4
0,451
Conforme se observa, há setores da economia maiores geradores de empregos, outros maiores formadores do PIB e outros maiores usuários de energia.
Regra geral, os setores maiores geradores de empregos são, também, os maiores formadores do PIB (outros serviços, agropecuário, outras indústrias) e os setores menos geradores de empregos são, também, os maiores usuários de energia (metalurgia, setor energético, papel e celulose, etc).
Assim, de um lado temos setores intensivos em energia e capital e pouco intensivos em mão-de-obra e, de outro, temos setores menos intensivos em capital, menos intensivos no uso de energia e grandes geradores de empregos. A participação e evolução destes setores na economia  de um país pode determinar o nível do seu desenvolvimento.
Segundo dados da publicação “Key World Energy Statistics”, da Agência Internacional de Energia, 70% da economia mundial está concentrada em países com 45% de dependência externa de energia e com renda per capita média de US$ 24,000. Os países responsáveis por 72% das exportações de energia representam apenas 8% da economia mundial e têm renda per capita média de US$2,800. O Brasil busca a auto-suficiência em petróleo.
Com base em dados do Instituto Brasileiro de Siderurgia e da Associação Brasileira de Alumínio, a maioria dos países desenvolvidos é altamente dependente de importação de aço e alumínio. O Brasil é exportador de aço e alumínio e concedeu boa parte da geração hidráulica para estes setores.
O gráfico a seguir, mostra, por ordem decrescente de formação do PIB, a participação dos setores nas estruturas do PIB e do consumo final de energia.
            Apenas três setores, serviços (SERV), outras indústrias (O.IND) e agropecuária (AGRO), apresentam maior participação na formação do PIB. Os demais setores apresentam maior participação no consumo de energia. Transporte (TRAN) é o setor maior consumidor de energia, seguido de metalurgia (MET) e do setor energético (ENER), este fortemente influenciado pela produção de álcool automotivo. Os setores têxtil (TÊX) e mineração (MIN) têm baixa representatividade no PIB e no consumo de energia.
O setor de alimentos e bebidas (A&B) está influenciado pela produção de açúcar, que é um produto intensivo em energia e pouco intensivo em valor agregado. Numa próxima análise se procurará calcular os efeitos deste produto nos indicadores do setor.
O próximo gráfico apresenta, em ordem decrescente, as intensidades energéticas por setor econômico, medidas pela relação entre o consumo de energia do setor e o seu respectivo VA.
            O setor de transportes é o que apresenta a maior intensidade energética, seguido de metalurgia, não-metálicos e papel e celulose.
            A análise da evolução destes setores na economia brasileira, no período de 1970 a 2000, mostra o agravamento da maioria dos indicadores apresentados neste documento, quando comparados com indicadores de países desenvolvidos. Por razões impostas ou não pela economia mundial, o desenvolvimento industrial, calcado na exportação de produtos de baixo valor agregado (aço, alumínio, ferroligas, pelotas, celulose, etc), os altos investimentos na busca da auto-suficiência de petróleo e a demorada reserva de mercado na área de informática, deram a sua contribuição para que a economia brasileira crescesse apenas 2% ao ano, nas duas últimas décadas.
Na década de 70, quando o Brasil apresentava boas condições de endividamento e de acesso ao capital externo, a economia teve ótimo desempenho (média de 8% ao ano), entretanto, a partir do segundo grande aumento nos preços mundiais do petróleo, em 1979, os condicionantes externos passaram a ter maior influência na economia brasileira, que já se encontrava mais endividada e tendo que suportar as altas dos juros internacionais. A partir de 1980, vários planos  econômicos foram implementados, mas nenhum teve sustentação. Nenhum foi capaz de suplantar os interesses dos oligopólios e dos grandes capitalistas. Não é de se estranhar que as últimas pesquisas do IBGE indiquem que o Brasil continua com uma perversa distribuição de renda.
            Os dois gráficos a seguir mostram, em ordem decrescente, os índices de crescimento do consumo de energia, do VA e do PIB, tomando como base o ano de 1970.
            Nota-se que, setores intensivos em energia, como papel e celulose, metalurgia e mineração, apresentaram crescimento no consumo de energia superior ao do PIB, mas crescimento econômico (VA) inferior ao do PIB, o que é desfavorável do ponto de vista de distribuição de renda. Outros setores, também intensivos em energia, como energético, química e transporte, apresentaram crescimento superior ao do PIB, tanto no consumo de energia como no VA.
            O setor de serviços, de baixa intensidade energética, também apresentou crescimento superior ao do PIB no consumo de energia e no VA.
A melhor performance fica com o grupo de outras indústrias, que mesmo apresentando crescimento econômico (VA) superior ao do PIB, apresentou crescimento inferior no consumo de energia. Este representa,  efetivamente, o grupo de indústrias no qual o desenvolvimento econômico de um país deve se sustentar - alto nível de empregos, baixo consumo de energia e pouco investimento.
Nos Estados Unidos, outras indústrias representa 19% do consumo de energia (excluídos o consumo residencial e os usos não-energéticos), no Japão representa 11%, na Europa representa 6,8% e, no Brasil, apenas 3,9%. 
Não se pode deixar de mencionar, também, que o País apresenta grande potencial para a expansão da agricultura, em associação com as indústrias de alimentos e de bebidas, além da expansão do setor de serviços, notadamente no ramo de turismo.
            O próximo gráfico evidencia, em ordem decrescente, os aumentos e decréscimos  nas intensidades energéticas, verificados no período de 1970 a 2000.
            Os setores têxtil e mineração foram os que apresentaram maior incremento na intensidade energética, o primeiro pela modernização e o segundo pelo crescimento da indústria de pelotização, principal responsável pelo consumo de energia do setor. Como estes dois setores são os menos representativos no consumo de energia e no PIB, o incremento da intensidade energética pouco afeta a economia.
O incremento na intensidade de papel e celulose se deve ao maior aumento da produção de celulose em relação ao papel, entretanto, cabe ressaltar que, este setor produz cerca de 75% da energia que consome, o que atenua os esforços na expansão do suprimento público de energia.
O indicador de intensidade energética da metalurgia mostra, mais uma vez, que o setor é de difícil sustentação, acarretando em grandes esforços na expansão do suprimento público de energia. Este setor consome 15% da energia do País (exclusive usos não-energéticos e o setor residencial), participa em apenas 2,7% do PIB e produz apenas cerca de 15% da energia que consome.
Nos Estados Unidos, a participação dos setores - metalurgia, papel e celulose e mineração - no consumo de energia é de apenas 4%; na Europa, de 12%; no Japão , de 18%; no México, de 9%, e no Brasil, a participação atinge a 20%.
A continuidade  de empréstimos públicos para estes setores deveria ser repensada, num contexto de priorização dos investimentos, onde setores, como por exemplo, o grupo de outras indústrias, sejam privilegiados – aumento da produtividade do capital.
Serviços teve, também, a intensidade energética aumentada, em razão, principalmente, da crescente utilização da eletricidade em refrigeração e informatização.
            Os setores de transportes, outras indústrias, alimentos e bebidas e agropecuário tiveram suas intensidades energéticas diminuídas.     
            Tomando-se as séries temporais de 1970 a 2000 das relações entre as taxas anuais de crescimento do consumo de energia e do PIB – elasticidades renda do consumo setorial de energia – e, calculando-se o desvio padrão de cada série, chega-se ao gráfico a seguir apresentado.
                       
            A exceção de serviços,  as maiores oscilações no comportamento da energia em relação ao PIB ocorrem nos setores intensivos em energia, pouco intensivos em VA e exportadores de seus produtos - metalurgia, açúcar e papel e celulose. No setor de serviços, o custo de energia é insignificante em relação ao Valor da Produção, razão da grande oscilação entre energia e o PIB. Moderadas oscilações ocorrem nos setores   mineração, energético e não-metálicos. As menores oscilações ocorrem nos setores agropecuária, têxtil, transporte, química e outras indústrias. A sinergia entre estes setores e o setor de alimentos e bebidas (exclusive açúcar),  movimenta a economia e dita os seus rumos.
            Os gráficos a seguir, apresentam, para cada setor econômico, as variações ocorridas entre o PIB, VA e o consumo de energia, no período de 1970 a 2000, tomando 1970 como ano base.
A metalurgia, durante todo período, apresenta comportamento da curva de VA abaixo da do PIB e comportamento da curva de energia acima da do PIB. O maior distanciamento entre as curvas de VA e Energia ocorre no período de 1983 a 1990, fase de maior expansão da produção de aço e de alumínio, voltada para exportação.
A curva de VA de papel e celulose, a exceção de 90 e 91, também se comporta abaixo da curva do PIB. A maior produção de celulose em relação à produção de papel e oscilações nos preços internacionais são a razão do distanciamento entre as curvas do VA e Energia, principalmente a partir de 1991.
  
O setor de mineração apresenta  abertura crescente entre as curvas de VA e Energia, com poucas variações no período.
Química apresenta baixa variação entre as curvas de VA e Energia, ficando as duas curvas acima da curva do PIB. Há grandes variações no VA  de 1991 em diante, provavelmente decorrentes de oscilações nos preços  internacionais de produtos químicos.
No setor energético, em razão do aumento da produção de álcool a partir de 1976, a curva de energia se distancia da curva de VA, se estabilizando a partir de 1988, com a  estagnação da produção. O maior  aumento do VA a partir de 1981 se deve ao crescimento da produção de petróleo.
 A expansão de grandes centros comerciais, a explosão da informática e a expansão da iluminação pública podem justificar o aumento da intensidade energética do setor de serviços, a partir de 1987. Não se pode descartar a possibilidade do VA deste setor estar subestimado em função da economia informal.
 
A indústria de não-metálicos, em anos de boa distribuição de renda, como no Plano Cruzado, em 1986, e no Plano Real, em 1994,  experimenta uma aproximação entre as curvas de VA e Energia, em razão do crescimento da construção civil, a qual leva ao crescimento da produção de cimento, este intensivo em energia.          Em anos de baixo crescimento econômico o VA do setor tende a crescer abaixo do BIB.
Se em 1970, algum planejador tivesse projetado que o consumo industrial de energia nos próximos 30 anos, cresceria conforme o PIB, teria acertado na “mosca”. Trata-se de mera coincidência já que, no Japão, no mesmo período,  o consumo de energia industrial em relação ao PIB foi reduzido em 50%.
 
O VA de outras indústrias se comporta de forma muito parecida com PIB, sendo que está sempre mais acelerado, cresce mais rápido quando o PIB cresce e diminui mais rápido quando o PIB decresce. A queda na curva de energia em 1980 pode ser reflexo das restrições do governo ao uso do óleo combustível, que, a exemplo do que ocorreu recentemente com a energia elétrica, levou o setor a uma utilização mais eficiente de energia.           
            O setor de alimentos e bebidas apresenta curva de consumo de energia sempre abaixo da curva de VA, mesmo estando prejudicado pela produção de açúcar, a qual é intensiva em energia.
Na agropecuária as curvas de VA e de Energia se comportam abaixo da curva do PIB em todo o período, ficando a curva de energia com o menor crescimento. Neste setor, o diesel e a eletricidade apresentam grande crescimento, entretanto, a lenha decresce, em razão da urbanização e industrialização, que reduzem os seus usos em processos artesanais de produção (farinha de mandioca, fabricação de telhas e tijolos, secagem de grãos, fabricação de doces e de rações, etc).
            O setor de transportes apresenta curva de VA acima da do PIB e curva de consumo de energia abaixo da do PIB, praticamente em todo o período. A exemplo de não-metálicos, neste setor a curva de energia tende a se aproximar da curva de VA quando há aumento no poder de compra da população – Planos Cruzado e Real – resultado do aumento do consumo de gasolina, álcool e querosene de aviação.
CONCLUSÕES:
a)     Nas duas últimas décadas, os Planos Decenais de Expansão do Setor Elétrico, projetaram crescimento econômico sempre acima de 4% aa, e elasticidade renda do consumo de eletricidade de cerca de 1,2. A realidade mostrou um crescimento econômico de 2% aa e uma elasticidade renda da eletricidade de 2,5.
b)     Quanto maior for a sensibilidade dos modelos de prospectiva energética, de longo prazo, com as questões apresentadas neste documento, melhores serão as possibilidades de aproximação das previsões com as realizações.
c)      Os cenários macroeconômicos, com previsões de expansão de setores intensivos em energia e em capital suficientemente claros e detalhados, melhoram a qualidade das previsões e possibilitam que os desvios nas previsões de energia possam ter comportamento mais próximo dos desvios nas previsões do PIB.  

O que energia na Física

                         Energia na Física

A energia é um conceito de vasta aplicação em física. É uma grandeza física que tradicionalmente se define como a capacidade de corpos e sistemas para realizar um trabalho.
A energia pode adotar diversas formas, podendo transformar-se de uma noutra forma (conversão de energia), embora não se crie nem se destrua (princípio da conservação da energia). Por exemplo, quando uma maçã cai, perde energia potencial gravítica, ganhando a mesma quantidade de energia cinética.
Algumas das unidades mais utilizadas são o Joule (J) (unidade do Sistema Internacional), o eletrão-volt (ev), o quilowatt-hora (kWh) e a caloria (cal).
A energia é classificada em duas formas fundamentais: energia potencial, que é a energia armazenada num corpo ou num sistema em consequência da sua posição, forma ou estado (esta forma de energia inclui energia potencial gravítica, energia elétrica, energia nuclear e energia química) e energia cinética que é a energia do movimento, e é usualmente definida como trabalho que será realizado sobre um corpo que possui energia, quando ele é levado ao repouso.
O calor é outra forma de energia, que se deve à energia cinética associada aos átomos e moléculas de uma substância.
Os primeiros a definir a noção de energia foram o físico inglês James Prescott Joule (1818-1889) e o físico francês Nicolas Leonard Sadi Carnot (1796-1832) em relação à conversão do calor em energia mecânica, e vice-versa. Até meados do século XIX, o físico e matemático britânico William Thomson (1824-1904) e o físico alemão Rudolf Julius Clausius (1822-1888) provaram a diminuição da capacidade de realização de um trabalho por parte de um sistema isolado (degradação de energia). A formulação da teoria dos quanta de energia, descoberta pelo físico alemão Max Planck (1858-1947) em 1900, para além de considerar que a energia possui uma natureza corpuscular e descontínua, permitiu abrir o caminho para a explicação de efeitos tais como o fotoelétrico e possibilitar o nascimento da teoria quântica da radiação. Finalmente, o físico alemão Albert Einstein (1879-1955) em 1905, ao demonstrar a equivalência entre massa e energia, constituiu a base dos processos nucleares. A teoria da relatividade de Einstein relaciona a energia E com a massa m através da equação:
E = mc2, em que c é a velocidade da luz.
Os recursos energéticos consistem no armazenamento de energia convertível. Os recursos não-renováveis incluem os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) e os combustíveis da fissão nuclear.
A 29 de maio, comemora-se o Dia Mundial da Energia.

 Texto original :http://www.infopedia.pt/$energia-(fisica)

Energia renovável , não renovável , e suas principais fontes.

Energia é uma das duas grandezas físicas necessárias à correta descrição do inter-relacionamento (sempre mútuo) entre dois entes ou sistemas físicos. A segunda grandeza é o momento. Os entes ou sistemas em interação trocam energia e momento, mas o fazem de forma que ambas as grandezas sempre obedeçam à respectiva lei de conservação.
A palavra é usada em vários contextos diferentes. O uso científico tem um significado bem definido e preciso enquanto muitos outros não são tão específicos.
Em senso comum o uso da palavra energia associa-se geralmente à capacidade para executar trabalho ou realizar uma ação. Apesar de não completamente elucidativo, esta associação não se mostra por completo fora do domínio científico, entretanto. Definir energia não é algo trivial, e alguns autores chegam a argumentar que "a ciência não é capaz de definir energia, ao menos como um conceito independente". Contudo, mesmo para estes autores, "embora não se saiba o que é energia, se sabe o que ela não é", em clara alusão aos significados em senso comum da palavra, não raro bem distintos dos encontrados no meio científico .
A etimologia da palavra tem origem no idioma grego, onde εργος (ergos) significa "trabalho".
Qualquer coisa que esteja a trabalhar - por exemplo, a mover outro objeto, a deformá-lo ou a fazê-lo ser percorrido por uma corrente eléctrica - está a "gastar" a energia que possui transferindo-a ao sistema sobre o qual realiza o trabalho. Qualquer ente capaz de produzir trabalho possui energia armazenada.
O conceito de Energia é um dos conceitos essenciais da Física. Nascido no século XIX, desempenha papel crucial não só nesta cadeira bem como em todas as outras disciplinas que juntas integram a ciência moderna. É notoriamente relevante na Química e Biologia, e mesmo em economia e outras áreas de cunho social a energia destaca-se como pedra fundamental: o comércio de energia move bilhões anualmente.
Pela sua importância há na Física uma subárea dedicada quase que exclusivamente ao estudo da energia: a termodinâmica. Em termodinâmica o trabalho é uma entre as duas possíveis formas de transferência de energia entre sistemas físicos; a outra forma dá-se através do calor.


As energias renováveis são fontes inesgotáveis de energia obtidas da Natureza que nos rodeia, como o Sol ou o Vento. Estas energias podem ser:
Energia Solar A energia do Sol pode ser convertida em electricidade ou em calor, como por exemplo os painéis solares fotovoltaicos ou térmicos para aquecimento do ambiente ou de água;
Energia Eólica A energia dos ventos que pode ser convertida em eletricidade através de turbinas eólicas ou aerogeradores;
Energia Hídrica A energia da água dos rios, das marés e das ondas que podem ser convertidas em energia eléctrica, como por exemplo as barragens;
Energia Geotérmica A energia da terra pode ser convertida em calor para aquecimento do ambiente ou da água;

Arquitectura dos edifícios que não devem descurar o aproveitamento de estratégias de design passivo, como o uso da orientação solar, da ventilação natural, da inércia térmica e do sombreamento, entre outras. Estas estratégias são uma solução bastante vantajosa devido ás condições climatéricas favoráveis para a obtenção de uma maior sustentabilidade nos edifícios em Portugal.
Eficiência Energética e a utilização de energias renováveis em edifícios tem sido feita pela revisão e aplicação de Regulamentos, como o RCCTE e o RSECE, e pela aprovação da criação de um Sistema de Certificação Energética, visando a redução dos consumos de energia e correspondentes emissões de CO2.
Recursos energéticos não-renováveis é o nome atribuído aos recursos naturais que, quando utillizados, não podem ser repostos pela ação humana ou pela natureza, a um prazo útil.
Tanto os combustíveis fósseis como os nucleares são considerados não renováveis, pois a capacidade de renovação é muito reduzida comparada com a utilização que deles fazemos. As reservas destas fontes energéticas irão ser esgotadas, ao contrário das energias renováveis
As fontes de energias não renováveis são atualmente as mais utilizadas. Os combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) são fortemente poluidores, libertando dióxido de carbono quando queimados; causando chuvas ácidas; poluindo solos e água.

Petróleo

O petróleo é um combustível fóssil, produzido há milhões de anos atrás pela pressão de material orgânico, e é hoje encontrado em algumas zonas do subsolo da Terra. É a principal fonte de energia atual. O petróleo e gás natural são encontrados tanto em terra quanto no mar, principalmente nas bacias sedimentares (onde se encontram meios mais porosos - reservatórios), mas também em rochas do embasamento cristalino.
É de fácil transporte, mas seu potencial destruidor do meio-ambiente é muito grande, pois libera grande quantidade CO2 para atmosfera sendo um dos grandes "vilões" do chamado aquecimento global, por causa, da sua grande utilização nos meios de transportes como carros e motos.

Gás natural

É encontrado, geralmente, junto das reservas petrolíferas.
É a mais barata e menos poluente dos combustíveis fósseis, mas de mais difícil extração, vem sendo utilizadas principalmente pelas indústrias, e pelos automóveis, mas vem sendo amplamente utilizados nas casas como gás de cozinha. 
 
Principais fontes de energia 

· Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

· Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

· Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

· Energia de biomassa – é a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia.

· Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

· Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

· Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.

· Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.

Texto Oficial:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia

sexta-feira, 8 de abril de 2011

ENERGIA NUCLEAR !!!! Vamos entender melhor o que esta acontecendo no Japão!

                 Reatores  nucleares

O grande objectivo das centrais nucleares (fig.3) é controlar reacções nucleares de maneira a que a energia seja libertada gradualmente sob a forma de calor. Assim como as centrais que funcionam com combustíveis fosseis, o calor gerado é usado para ferver água de modo a produzir vapor, que por sua vez faz funcionar turbogeradores convencionais.

Consegue-se assim obter energia eléctrica


Fig. 3 – Central nuclear em Buchanan, New York.

Funcionamento de um reactor nuclear

- combustível (fig.5): Num reactor nuclear estão combinados o combustível e o emprego de um material moderador. Normalmente utiliza-se urânio como combustível com um conteúdo de cerca de 3 % de U235, quase sempre na forma de dióxido de urânio (U02), que é prensado em forma de grandes pastilhas e que se introduzem em tubos com vários metros de comprimento, fabricados com uma liga especial de zircónio.
- tubos (fig.4): os tubos têm a função de evitar que os productos resultantes da combustão do urânio, em parte gasosos e altamente radioactivos, contaminem o interior do reactor. Estes perigosos resíduos não devem chegar ao líquido refrigerante do reactor, pois em caso de escape para o exterior, iria haver uma contaminação do ambiente.

Fig. 4 – Reactor nuclear
- Material moderador: durante a reacção com urânio 235 libertam-se gigantescas quantidades de neutrões. Este enorme fluxo chega ao moderador que rodeia os módulos de combustível ou até que está misturado em parte com esse, diminuindo-o, e por conseguinte controlando a reacção.
Os melhores moderadores são a água vulgar (H2O), a água pesada, carbono de extrema pureza em forma de grafite e o berílio.
Os moderadores líquidos têm uma função importantíssima, na medida em que actuam como meio refrigerante. Este não só absorve a energia térmica emitida pelo abrandamento dos neutrões, mas também arrefece os módulos de combustível aquecidos pela reacção. Ao falhar a refrigeração (como aconteceu em Chernobyl), pode ocorrer a fundição do núcleo do reactor, destruindo as diversas protecções, podendo o seu conteúdo ser libertado para o exterior. Isto traria consequências desastrosas para o meio ambiente.
- barras de controlo (fig.5): no núcleo do reactor introduzem-se as chamadas barras de controlo, compostas de um material que absorve parte dos neutrões libertados durante a reacção. Retirando e introduzindo as barras, regulam-se as flutuações no desenvolvimento da reacção em cadeia e pode-se conseguir que os módulos de combustível sejam utilizados uniformemente. A função mais importante das barras de controlo é a de fazer cessar as reacções nucleares subitamente em caso de perigo.

Fig. 5 – No núcleo do reactor nuclear estão presentes o combustível nuclear e as barras moderadoras.

Tecnologia dos reactores nucleares (fig.6)

Como já foi referido atrás, os reactores nucleares servem principalmente para gerar grandes quantidades de energia térmica, e por isso são utilizados para a produção de energia eléctrica.
Contudo, a energia térmica não consegue ser totalmente transformada em energia eléctrica. As centrais mais modernas atingem um rendimento de apenas 35 %. A restante energia compõe-se de calor residual que não é aproveitado para gerar vapor propulsor, e que é condensado nas altas torres de refrigeração. Actualmente tenta-se, em casos isolados, aproveitar este calor residual.

Fig. 6 – Esquema de funcionamento

Principais tipos de reactores

Reactores de água normal: este tipo de reactores, de uso mais frequente, funcionam com urânio ligeiramente enriquecido e água normal como moderador:
Reactores de alta temperatura: utilizados sobretudo no Reino Unido, figura entre os sistemas mais avançados. Oferecem vantagens em relação aos de água normal, pois utiliza, como meio refrigerante, um gás (normalmente o hélio).
Reactores reprodutores: todos os Estados com importantes instalações de energia nuclear estão interessados no desenvolvimento dos reprodutores rápidos, já que só com este tipo de reactores é possivel aproveitar as limitadas existências de urânio da Terra. Tal como se encontra actualmente o seu desenvolvimento, esta perigosa técnica oferece a única alternativa para assegurar o nosso abastecimento energético, a não ser que no futuro de descubram novas fontes de energia, cujo aproveitamento possa ser conseguido de uma forma mais segura e económica.

Controlar os riscos de funcionamento de um reactor

Todos os componentes de um reactor nuclear (combustível, moderador, meio refrigerante e as barras de controlo) encontram-se instalados dentro de um grande contentor sob pressão. Fabricados com aço especial, cimento pré-esforçado e rodeado com várias envolturas, nestes contentores, as exigências de impermeabilidade e estabilidade das camadas envolventes são extremamente elevadas, a fim de garantir que em todos os acidentes imagináveis, não seja permitida a fuga de material radioactivo.
Durante o funcionamento de um reactor nuclear produzem-se grandes quantidades de material radioactivo residual (lixos nucleares).


Os Tsunamis ou Maremotos e como ocorre...

                      Tsunami

Os Tsunamis ou Maremotos

Chamada de tsunami - palavra de origem japonesa que significa 'grande onda' (tsu = grande e nami = onda) -, a onda gigante e solitária forma-se em oceanos ou lagos por causa de um evento geológico. Isso quer dizer que, em geral, os tsunamis surgem após um terremoto nas profundezas dos oceanos causado pelo movimento das placas tectônicas (Para saber mais sobre placas tectônicas leia o box no final do texto). O terremoto pode desencadear uma avalanche submarina de lama e pedras, que movimenta a água de repente e com grande força. Isso intensifica o movimento das ondas e gera o tsunami.
A possibilidade de ocorrer um tsunami na Europa, na África e no Brasil é pequena. Já em continentes que são margeados pelo oceano Pacífico, as chances são maiores. Isso acontece porque há menos vulcanismos e movimento de placas tectônicas nas bordas dos continentes localizados às margens do oceano Atlântico do que em continentes com costa voltada para o Pacífico.
O fato é que a onda gigante pode viajar por centenas ou até milhares de quilômetros no oceano. Um terremoto no Chile pode provocar um tsunami na Austrália. São raros os tsunamis gigantescos que destroem vilas ou cidades costeiras. A maioria deles é muito fraco e gera ondas com poucos centímetros.
Existe a possibilidade de que a altura do tsunami aumente durante a viagem pelos oceanos. Uma onda com altura entre dois e quatro metros pode crescer ao atingir águas rasas que estejam próximas ao ponto de impacto da onda com a costa.
Tsunamis desse tipo já aconteceram na Califórnia, no Oregon e em Washington, estados localizados na costa dos Estados Unidos voltada para o oceano Pacífico. As ondas tinham entre dez e 18 metros. Existem pessoas que não sentem medo de ondas desse tamanho. Para alguns surfistas malucos, essa é a oportunidade de tentar pegar a maior onda de suas vidas.
Muitos países atingidos por tsunamis construíram centros para estudar esse fenômeno, como o Japão, os Estados Unidos, a Austrália e a Costa Rica. O objetivo é evitar catástrofes maiores. O monitoramento é feito através de sismógrafos posicionados ao redor do planeta e que emitem dados diários sobre a movimentação no interior da Terra. Os observatórios trocam esses dados e outras informações para que os pesquisadores possam prever quando um tsunami acontecerá e quanto tempo será necessário para ele chegar à costa. Com esse cuidado, as pessoas podem ser retiradas rapidamente das áreas de risco e levadas para locais seguros. Assim, o número de vítimas e os prejuízos materiais diminuem.
Há centros de pesquisa que estudam a possibilidade de o impacto da queda de asteróides nos oceanos em tempos remotos ter provocado fortes tsunamis.
Como conseqüência, mudanças drásticas na zona costeira teriam ocorrido, como o desaparecimento de algumas espécies e mudanças nos rumos da evolução de outras.
Esses fenômenos naturais mostram como a Terra é dinâmica, está em constante mudança e que é preciso aprender a conviver com eles.
Embora as ondas geradas pelos tsunamis possam se propagar a 800 Km/h, os navegadores quase não dão conta por elas. No entanto, ao aproximarem-se do litoral, essas montanhas de água erguem-se subitamente, devastando tudo à sua passagem.
Os tsunamis atravessam o oceano em poucas horas. Em 1960 um terremoto sacudiu o Sul do Chile. Menos de 24 horas depois, do outro lado do mundo, esse tremor deu origem a um tsunami que devastou as costas do Japão. Outro tsunami famoso foi o da ilha de Krakatau (antes conhecida como Krakatoa) na Indonésia, em 1883. Ele aconteceu por causa de grandes erupções vulcânicas nas Índias Orientais o que provocou nas costas de Java, Sumatra e ilhas vizinhas ondas terríveis, com 30 m de altura. Esse tsunami destruiu completamente a cidade de Merak, levando um navio 2,5 km para o interior da ilha, a 10 metros do nível do mar! Nesse tsunami, mais de 36 mil pessoas morreram. Antes disso, em 1755, ondas com mais de 20 metros de altura atingiram o litoral de Lisboa, capital de Portugal, destruindo a cidade e matando centenas de pessoas.
Tsunamis Devastadores através dos tempos
1896: um dos piores desastres provocados por tsunami engoliu aldeias inteiras ao longo de Sanriku, no Japão; uma histórica onda submergiu cerca de 26.000 pessoas.
1883: mais de 36.000 pessoas morreram em Java devido a um tsunami causado pela erupção do vulcão Krakatoa, próximo ao estreito de Sonda (Sunda).
1946: Um terremoto nas ilhas Aleutas enviou um tsunami para o Havaí e matou159 pessoas, sendo que só cinco morreram no Alasca.
1964: Um terremoto no Alasca ativou um tsunami de até 20 pés de altura, matando 11 pessoas tão longe quanto na Cidade Crescent, Califórnia, e ao todo causou mais de 120 mortes.
1983: no Japão,104 pessoas morreram devido a um tsunami provocado por um terremoto próximo.
17 de julho de 1998: em Papua, na Nova guiné, um tsunami matou 3.000 pessoas. Um terremoto de magnitude 7.1, distante 15 milhas da praia, deu origem a uma onda de 40 pés de altura, e destruiu as aldeias de Arop e Warapu.
O mais recente deles: 26 de dezembro de 2004 - mais de 24.000 mortos contabilizados até o momento
O sismo e os maremotos de domingo (27/12), provocaram devastação em sete países do sul e sudeste da Ásia e causaram mais de 24.000 mortos, segundo números ainda provisórios.
O balanço das vítimas, até o momento (28/12, 11h60, quando escrevo esse artigo) por país é: 12.029 Indonésia; 4.491 Índia; 6800 Tailândia; 830 Malásia; 48 Maldivas; 43 Birmânia; 30 Bangladesh.
Em toda a região atingida, mais de um milhão de pessoas estão sem abrigo, os feridos são da ordem dos milhares e há também milhares de desaparecidos.
Vários países do leste europeu consideram prioritário criar pequenas unidades de saúde nos países asiáticos atingidos pelos maremotos para transferir as vítimas para hospitais não afetados pela catástrofe.
Não há muita gente para salvar neste caso, pois não é como o que ocorre num terremoto "normal". A falta de água potável e a degradação do saneamento básico são também questões essenciais.

As Placas Tectônicas

A crosta do nosso planeta é dividida em cerca de 20 pedaços, conhecidos como placas tectônicas. Essas placas encontram-se sobre o manto, a camada interior da Terra que é formada por "material gelatinoso". O núcleo da Terra aquece o material do manto, que se torna mais leve e sobe. Ao subir, ele esfria, fica mais pesado e desce. Assim acontece a movimentação do material aquecido no interior do nosso planeta, as chamadas correntes de convecção. Elas movimentam as placas tectônicas, que podem se afastar uma das outras ou chocar-se. Como os continentes encontram-se sobre as placas tectônicas, acompanham o movimento.
No hemisfério Sul, há cerca de 150 milhões de anos, no período Jurássico, as correntes de convecção dividiram em pedaços o megacontinente Gondwana. Elas fraturaram a crosta terrestre e separaram a América do Sul, África, Austrália, Antártica e Índia. Nas regiões de Gondwana, que hoje são Brasil e África, as correntes de convecção formaram fissuras e fraturas na crosta terrestre, o que gerou derramamento de lava. A ação contínua dessas forças também rompeu completamente a crosta terrestre e formou o oceano Atlântico. Porém, ele não parecia o vasto mar que é hoje: a fragmentação de Gondwana formou apenas um pequeno oceano, que só "cresceu" quando Brasil e África começaram a se afastar de forma gradual há, aproximadamente, 135 milhões de anos.
Quem pensa que Brasil e África já encontraram sua posição no globo terrestre depois de tantos milhões de anos em movimento, engana-se. As placas tectônicas sobre as quais os dois países estão localizados continuam a se afastar com velocidade média de dois centímetros por ano. Como o movimento das placas tectônicas é bastante lento em relação às dimensões da Terra, nós não percebemos a movimentação dos continentes. Mas equipamentos sensíveis comprovam que eles se movem.

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http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/tsumani/tsunami-1.php




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